Agra and the adventures close to Taj Mahal

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08/08/2013

Comboio para Agra. Finalmente voltámos às confortáveis cabines em AC2! Depois de uma turbulenta viagem de autocarro de Jaisalmer para Udaipur e uma assustadora “boleia” de Udaipur para Jodhpur, podemos descansar a alma nesta viagem de 8 horitas! =) A verdade é que se já ambos gostavamos de comboios antes da Índia, mas praticamente não faziam parte do nosso dia-a-dia, estes dias na rota das especiarias tornou este meio de transporte num verdadeiro spa!!

Bem, uma vez que não comprámos nada para “picnicar” e a fome começa a apertar, nada melhor do que chamar o simpático senhor que percorre o comboio a proclamar o menu do dia e “mandar vir” o que houver. E que Deus nos salve do picante, porque aqui ninguém vai fazer comidinha à parte para nós. Pelo menos temos “western wc” e suficiente stock de papel higiénico roubado! =)

Don’t you just love to pick up curry sauce with your hands?? It just gives you that feeling that you’re having a real indian food experience!!!
Pois é isso mesmo. Arroz branco num saquinho plástico, curry de batata bem líquido e 8 rotis a acompanhar, dos quais 2 estavam de cair para o lado de picantes. Comemos tudinho e que bem que soube (menos os picantes). =)

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Notas e fotos do post Jodhpur em dia, completámos a viagem a ver o filme “The great Raid” (bem interessante).

Chegámos a Agra e…uiui não é querer fazer fita, mas isto é pardieiro mor!!! Já tínhamos lido em vários blogs que para além do Taj Mahal não havia grande coisa para ver e a verdade é que receamos que assim seja. No problemo, é da maneira que aproveitámos para descansar um pouco ( acreditem e não levem a peito, mas isto de não trabalhar cansa a dobrar!!) =)

Como não tínhamos marcado o local da pernoita e já que em Jodhpur tinha sido o driver a sugerir o melhor hotel, optámos por contar com a ajuda do rickchaw man aqui em Agra, também. Bad idea!! Cansados e com reduzida paciência para as manhas do driver que demonstrava pouca empatia e paciência para connosco, pobres backpackers que só queriam um poiso livre de baratas e em conta ( algo muito difícil de conjugar) para descansar, acabámos por ficar no terceiro hotel que ele nos mostrou – Maya Hotel! Pagámos 1000 rupias (cerca de 13€) por uma noite, valor um pouco desajustado à limpeza do sítio, mas já antecipavamos que Agra seria uma cidade mais cara.

Jantámos por lá mesmo e subimos para finalmente descansarmos.
Bem, mas como não há Índia sem insectos, ainda tivemos direito a quatro baratas dentro de um rolo de papel higiénico selado, o qual foi aberto a pouquíssimos centrímetros de partes que, definitivamente, queremos manter distantes destes bichinhos de casca estaladiça!!!!!
Oh por amor de Deus!!!
Esmagadela em massa, porta do wc trancada e toca a dormir.

Dia 09/08/13
Parabéns priminha!!! =)

Estava muito claro para ambos que a prioridade era fazer check-out do espaço astral das baratas e procurar um outro poiso, pelo que saímos sem pequeno almoço para tratar do assunto.
Apanhámos, pela primeira vez por estas bandas, uma cycle rickshaw para nos levar ao Costa Coffee e saborear um pouco de Ocidente. Chegados ao local, três marmanjos lá dentro, luzes por acender, montra completamente vazia e… “Hello! Do you serve breakfast or something to eat here?”, ao que o moço responde “No, no my friend, no eat here”! Tá tudo, portanto! Seguimos para o rickshaw e eis que começa um verdadeiro dilúvio, logo no dia em que optámos por andar de bicla!!!

Saímos e fomo-nos encharcando no rickshaw inevitavelmente, apesar de estarmos com as cortinas fechadas…cortinas e monções nunca funcionaram muito bem!

Dirigimo-nos ao nosso novo hotel, esperávamos livre de baratas, o Mumtaz Mahal Hotel, muito próximo do Taj também. Mumtaz por curiosidade era a esposa do marajá para quem o Taj foi construído como homenagem à sua memória.

Chegados ao hotel, o quarto apesar de não ser sequer um 2 estrelas na Europa, parecia-nos ser um paraíso e finalmente achámos que íamos conseguir descansar sem maiores preocupações. Prioridade 1: pequeno-almoço, americano e no quarto, dado que o terraço do hotel onde este é habitualmente servido estava alagado. No worries, soube-nos pela vida! Ovos mexidos, torradas, sumo e café. Básico, mas na Índia, tem um sabor especial, acreditem! =)

Dado que o tempo estava mau, decidimos adiar a visita ao Taj para a manhã seguinte e quem sabe apanhar o nascer do sol, pois o monumento abre às 6h para os mais ousados!

10/08/2013

Não conseguimos acordar às 6h, dado o conforto básico europeu/excelente indiano em que nos encontrávamos, mas fomos às 9h depois de um bom pequeno-almoço no terraço com vistas para o Taj.

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Pequeno-almoço tomado e siga para o Taj. Bilhetes compram-se numa bilheteira a cerca de 500metros do monumento, pode ser uma informação útil para os leitores. Por sorte só tinhamos feito 100metros quando nos avisaram =)

Depois do controlo tipo aeroporto aos visitantes, finalmente entrámos pelo portão Este que dava acesso ao monumento de homenagem à Mumtaz.

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O Taj Mahal impõe-se pela sua beleza, desenho e dimensão. Um monumento destes tem que corresponder a uma homenagem sentida mas acima de tudo merecida, o que nos põe a pensar o que teria sido a paixão entre este marajá e a sua rainha. Com 22 anos de construção e totalmente desenhado pelo marajá, o Taj deixa-nos uma impressão que perdurará seguramente nas nossas memórias.

Depois da visita recolhemos ao hotel para descanso, atualização de blog, pesquisas adicionais e marcações das próximas viagens =)

11/08/2013

Comboio para Varanasi. Primeira vez em AC3 (basicamente o mesmo que AC2, mas em vez de beliches de 2 camas, deparámo-nos com beliches de 3 camas, um pouco menos espaçosos. Suspeitámos que a Dani fosse claustrofobicamente negar uma dormida naquelas cabines! =) ).

Nota: já não há descrições de corridas alucinantes para apanhar comboios, dado que aprendemos a lição e nomeadamente depois de o Diogo ter recebido ameaças de morte por ter feito a Sara saltar para uma linha de comboio repleta de ratos, começámos a chegar com mais tempo à estação.
Pouco depois de nos instalarmos, dois indianos amigos entram também na nossa cabine. Não pudemos deixar de notar e sorrir quando um deles sobe a cama do topo com esforço à medida que solta um “oh Krishna” em vez de “Oh God”. Faz sentido claro, mas foi divertido ouvir.
A viagem fez-se bem mas não tão bem. As AC2 recomendam-se para quem não está a tentar poupar dinheiro necessariamente e para o Gonçalo, para evitar bater com a cabeça em cima. =)

Passámos uma certa fome no comboio (descansem mães, estamos a cuidar de nós, foi uma situação pontual!) pois por trenguice nao tínhamos comprado mantimentos suficientes mas passou-se o tempo.
Chegados a estação a primeira coisa que tratámos de fazer foi de arranjar o bilhete de comboio para Kolkata na noite seguinte. Depois de uma fila de alguns estrangeiros à nossa frente e de levarmos uma quase acusação de passarmos dois nipónicos e dois americanos à frente (“tuga” deve ter rótulo de incumpridor!!!) lá nos sentámos com o senhor da estação a estudar as nossas opções. Só havia um bilhete, outro estava em fila de espera mas ele tranquilizou-nos pois no limite podíamos partilhar a cama. Não que fosse confortável mas o objectivo era mesmo chegar a Kolkata pelo que aceitámos.

Saímos da estação e apanhamos de imediato um regateador a tentar vender nos o seu tuk tuk. Uma negociação renhida que ficou nas 150 rupias. Caro, mas era a guest house mais distante da estação em que íamos ficar. Depois de uma viagem por estradas bem esburacadas pelo centro e arredores de Varanasi, lá nos hospedámos na Rahul Guesthouse onde percebemos que estava também um português a ficar, com o qual não nos chegámos a cruzar, contudo.
Primeira coisa a fazer: pousar coisas e comer.
O restaurante desta guesthouse também ficava num terraço com vista para o Ganges, enorme, muito largo, água acastanhada e rápido tudo devido às monções. O local era agradável mas sem grandes escolhas de menu, ou por outra tinha indiano, chinês, japonês e israelita mas o cozinheiro dizia que só sabia cozinhar indiano… ok…
Lá nos alimentámos condignamente e descansámos no quarto tendo perdido a vontade de sair. Não, o quarto não era fantástico, era mesmo mais um pardieiro simplesmente o cansaço fazia se sentir e o calor e humidade não ajudavam.
Jantámos na guesthouse para de manhã sairmos fresquinhos à descoberta.
A seguir ao pequeno-almoço americano (já começa a tornar-se um favourite nestas andanças) despedimo-nos do simpático dono para apanhar transporte e passear no centro e tentar espreitar algum ghat (locais de banho no Ganges para os hindus locais; um local sagrado onde mergulham na água purificadora e limpam os seus pecados). É nestas zonas
A parte do “sairmos fresquinhos” rapidamente foi a vida. A ingenuidade tem destas coisas, mesmo depois de quase 3 semanas na Índia. Enfim, demasiado calor e impossível passear de mochilas. Percorremos a zona central junto ao templo dourado onde os hindus estavam a fazer as suas ofertas e deu para perceber que a cidade deve ser uma das mais antigas sem dúvida e mais paradas no tempo na Índia. Claro que isso reflecte se nos costumes e tradições mas também na cidade em si, muito degradada, muito suja em todo o lado. Chegámos ao ghat mais famoso e que estava bem concorrido com hindus a banharem-se, mas as escadas estavam completamente submersas pelas cheias das monções que elevaram o nível de água do rio a níveis altíssimos obrigando os hindus ali presentes a banharem-se no topo e não nos degraus. O rio passava ao fundo a uma velocidade incrível, impossibilitando qualquer navegação de barco também.

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Optámos então por nos recolher num agradável café chamado Open Hand Shop mais afastado do centro, provavelmente um café gerido por estrangeiros, onde fizemos horas ate ao comboio depois de nos refastelarmos com sandes de atum e frango e o belo do queque para dar energia acrescida.
Saímos com tempo do café quando faltavam 2h30 para o comboio no entanto era necessário para garantirmos que tínhamos conseguido confirmação do bilhete em fila de espera. Mal chegámos cá fora apanhámos 2 ou 3 tuk tuk mas a negociação foi difícil… todos pediam 200 rupias para a estação pois diziam haver muito trânsito. Tentámos negociar ou seja dissemos não e começámos a andar mas o começo de uma pesada monção nas nossas cabeças e mochilas levou-nos a engolir o orgulho e a entrar-mos dentro do primeiro rickshaw que nos apareceu com o condutor a rir-se. Grrrrrrrrrrrrrrrrr!!!
Lá nos levou à estação enquanto enfiávamos as protecções impermeáveis nas mochilas (sim porque os rickshaws como já perceberam são tapados com as frágeis cortinas que não evitam o banho do turista) e quando chegámos a zona de trânsito cerrado, o nosso condutor ainda nos tentou convencer a sairmos antes dizendo que eram dois minutos a pé e que de rickshaw íamos demorar 20 minutos. Provavelmente tinha o Deli FC – Varanasi CP para assistir na televisão (talvez isso explique as suas 5 tentativas de nos fazer sair mais cedo) mas ignorámo-lo e fizemo-lo trabalhar para as rupias! =)
Demorámos 10 minutos não os 20, lá conseguimos o bilhete em falta e comprámos alguns mantimentos para depois nos instalarmos nas waiting rooms… Em Varanasi não destoavam da cidade ou seja, bem sujas. Mas o mais incrível foi assistir a toda a fauna presente desde pombas a montarem ninho no tecto, bandos de osgas a passearem-se, as baratas solitárias no chão e os vários casais de ratos a passearem as suas crias pelas salas de espera e corredores da estação, tipo programa de família ao domingo. E sim estes ratos não se ficavam pelas linhas de comboio nada disso, salinhas de espera do bom e do melhor a procura dos restos de comida deixados pelos passageiros. Provavelmente Varanasi tem famílias de ratos em castas superiores!!!

Kolkata here we go!

12/08/2013

6 COMMENTS

  1. ahahha o primeiro condutor enervou-se, vá, um bocadinho lolol :)
    Gostei bastante do “desespero” dele, depois das 4 baterias terem acabado.. eheh

    Adorei as fotos.. lindos :)

    • Lol, nem me faças lembrar desse condutor, rimo-nos tanto, mas depois deu-nos pena quando nós para seguirmos para o hotel mudámos de rickshaw e ele ficou sozinho à chuva (torrencial) a tentar resolver o problema. Mas só viste um pedaço do filme, pois se visses as pancadas todas que ele deu à mota!

  2. lol nem imaginam o que me ri com o vídeo!

    Taj Mahal…respect!! Pegadinha interessante! :)

    bjinho e um crepe c nutella ;)

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