Thailand! Kop Kun Kah!

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16/08/2013 a 19/08/2013

E lá fomos nós. Dioguinho ainda em convalescença, mas aparentemente com a energia de sempre e a Sara perfeitamente aterrorizada com a condução do taxista!!! 20 dias depois já devia estar habituada, mas não, não há forma de ganhar gosto às near death experiences!!!!


Depois de uma viagem alucinante, pouco depois das 7h da manhã, de um drop-off no sítio errado (parte antiga do aeroporto, fechada para obras) e de um extra de 50 rupias para finalmente nos deixar no sítio certo, entrámos no mega aeroporto de Calcutá. A sensação é a de “ready for next step”, mas ainda com aquele gostinho a caril na boca. A Índia é por demais overwhelming para se absorver em tão poucos dias…

Check-in jetairways. Voo de cerca de 3h30 com direito a pequeno almoço: fusilli com legumes, caril de legumes ou frango com arroz e uma espécie de Gulab por fritar. Alguns abanões fortes, mas em geral passou-se bem.
A viagem foi excelente e completamente on-time! Chegados a Bangkok, ficámos ainda mais maravilhados com o aeroporto que já dava um cheirinho a Ásia =)

Dirigimo-nos ao VISA on Arrival mas nem era preciso, bastou irmos diretamente à fila dos passaportes para nos ser atribuido um visto de entrada, a custo zero, durante 90 dias, graças aos acordos entre Portugal e Tailândia.
De seguida, e para nosso deleite, dirigimo-nos a um Seven Eleven para petiscar um pequeno almoço (sim porque o frango com caril do avião não era bem o pequeno-almoço que queríamos!!), leitinho achocolatado, quase, quase Ucal, para começar bem o dia!

Saída do aeroporto de Bangkok!! Temos um ladyboy à nossa espera para nos levar para a Nana square – the biggest adult playgroung in town – naa, brincadeirinha!! Optámos por seguir directos para Chiang Mai, no norte do país, e deixar Bangkok para o fim… =)
Apanhámos o metro express até ao centro da cidade permitindo-nos dar uma primeira espreitadela a Bangkok, com um panorama e realidade totalmente diferentes da da Índia, como já era de esperar. Uma cidade de arranha-céus, com muita gente na rua, mas com muito menos visão de pobreza e miséria. Antes de apanharmos o metro normal para a estação de comboio, ainda deu tempo para degustarmos um delicioso e doce ananás e vislumbrar os deliciosos milk teas, uma importação de Taiwan, também muito popular nestas bandas, thank God =)

Chegámos à estação de comboio esperando não nos depararmos com qualquer dificuldade em comprar o bilhete para Chiang Mai, isto porque tínhamos visto na net uns formulários de pedido de reserva de bilhete ( a uma agência de viagens), os quais na altura preenchemos, mas em relação aos quais nunca obtivemos resposta. Ora, chegados ao local e já com água na boca de ver alguma street food com muito bom aspecto, dirigimo-nos à bilheteira e…impecável, comprámos 2 bilhetes por cerca de 20€ cada, saída às 18h e chegada às 12h. Um pouco carito, mas poupámos a noite!! :) Deu tempo para um pequeno jantar (omeleta tailandesa e thai noodles com chicken ang veggies) e compra de mantimentos no Seven Eleven para a viagem.

Um comboio bem mais pequeno, bem mais moderno e sem complicações. Ao invés da Índia, onde tínhamos que perseguir duas ou três pessoas para perceber onde estava o comboio e carruagem, aqui os funcionários da estação pediam-nos o bilhete e indicavam-nos para onde devíamos ir. A dream.

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Entrámos na nossa carruagem e camas nem vê-las…oops, ok isto estava a correr bem demais…voltámos atrás para perguntar e o senhor esclareceu-nos que ele próprio nos faria a cama, mais tarde! =) Wow, what a difference.
Depois lá percebemos que os nossos dois bancos voltados um para o outro se convertiam numa cama e de cima saía outra cama para o segundo passageiro. Nice, really nice.
Ao nosso lado ia um estrangeiro também que já devia andar habituado às andanças pois não estranhou nada.
Pelas 21h lá veio o funcionário fazer as camas todas da carruagem (deviam ser umas 20 camas) e com um profissionalismo, precisão e rapidez que lembrava a tropa (apesar de nunca nenhum de nós a ter feito!). Passados poucos minutos caminhas todas prontas e estas com o dobro do espaço das da Índia. Não vamos dizer mal das da Índia porque a verdade é que até gostámos do AC2 e se tivéssemos que comparar, acabámos por dormir mais nos indianos do que neste tailandês pois a viagem foi mais aos solavancos. O comboio era impecável, muito espaçoso, muito limpo e bem fresquinho, no entanto a noite não foi das melhores porque, apesar do conforto, aquilo abanava que se fartava!
Na manhã seguinte, já esfomeados pois os mantimentos já tinham ido à vida (2 pork buns – pães com recheio de porco cozinhados a vapor – e pão com passas), lá pedimos finalmente um sumo de laranja e um pequeno almoço continental. Isto quando o comboio se encontrava parado numa estação qualquer a meio do caminho. Mas a cereja em cima do bolo foi, definitivamente, conhecer o Joe! O Joe é um senhor italiano, extremamente simpático e afável que se sentou ao nosso lado, a cerca de 2h da nossa chegada a CM. Falámos de tudo um pouco, mas o mais delicioso foi mesmo perceber a força e energia que ele emanava quando falava da filha de 6 anos, sendo que ele tem 64 anos. Amazing! Numa das paragens ele lá nos indicou que tínhamos tempo de sair do comboio e, vai daí, o Dioguinho foi buscar o seu café da manhã a uma simpática senhora tailandesa na estação, sempre com um olho no comboio à procura de sítios onde se agarrar caso este partisse subitamente.

Como o comboio atrasou um pouco e o Joe ainda ia aguardar a chegada da sua baby e mulher e também porque nós não tínhamos nada marcado, nem hotel reservado, acabámos por almoçar os três num delicioso restaurante local. Provámos 3 pratos sugeridos pelo Joe, que nos fizeram as delícias! Gaeng Phed Gai e outros dois para os quais a memória nos falha! Nhamyy! Um pouco picantes, mas nada que um pouco de amido não tenha acalmado! :)
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As meninas chegaram pouco depois do almoço e nós ainda assistimos ao carinhoso reencontro! =)
A zona mais movimentada ( e turística) de Chiang Mai dispõe-se à volta de um canal e muralha quadrados que delimitam o centro da cidade. O Joe sugeriu que procurassemos guesthouse nessa zona, pois são mais baratas e estão perto do night market e sunday market, muito típicos da zona. Aproveitámos a boleia deles e seguimos para lá à procura de um poiso barato, confortável e livre de baratas!! Ficámos alojados no charming “The Nest”, mesmo pertinho da muralha pela módica quantia de 10,5 euros para dois com AC. Sem AC teria ficado nos 8,25 euros. Dá para perceber porque é que o jovem francês Matthieu (que trabalhava na recepção da guesthouse) se tinha mudado de malas e bagagens para esta simpática cidade, há uns meses atrás!!
Aproveitámos logo para obter algumas dicas dele sobre a cidade e partimos para a nossa primeira grande aventura em Chiang Mai. Atravessar 3m para o outro lado da rua para por toda a nossa roupa a lavar por 0,75eur o kilo. =)
Nice!
Os dias em Chiang Mai foram passados com visitas diárias ao mercado de Street Food (muralha a sudeste) onde nos pudemos experimentar todo o tipo de comidas, fruta fresca e deliciosos sumos naturais! A preços que nem vale a pena mencionar. Dirt cheap!
Durians...smelly but delicious they say...ainda está na bucket list por enquanto!
Durians…smelly but delicious they say…ainda está na bucket list por enquanto!
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Vocês têm noção da absoluta delícia que isto é?!! Isto é leite de coco frito com grãos de milho!! DELICIOUS!!!

Tal como tínhamos referido anteriormente, Chiang Mai é também famosa pelos seus night markets (tem vários, alguns diários em certas zonas da cidade, outros ao sábado, outros ao domingo) que são incríveis pela diversidade e bom ambiente. Lá podemos encontrar desde comida e roupa a artigos de decoração e brinquedos, basicamente o que se lembrarem eles têm lá!

Our hotel...naaa, just kidding, not for 10 euros come on!
Our hotel…naaa, just kidding, not for 10 euros come on!

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Ao terceiro dia, fizemos uma das melhores escolhas possíveis em Chiang Mai! Aluguer de scooter e subir o Doi Suthep National Park para visitar o famoso templo no cimo da Montanha. Começou o Dioguinho na mota, com algum receio de que a coisa não corresse bem, dada a combinação perfeita de ingredientes para o desastre: primeira vez de scooter, condução à esquerda e na Ásia…não conhecida pelo seu tráfego leve…
Certo é que quando íamos a partir para o Doi Suthep, Sara Alves também quis experimentar e com receio lá partimos os dois para por gasolina na primeira bomba disponível. A medo entrámos no trânsito, mas certo, certo é que Sara rapidamente dominou a fera e não mais quis ceder o volante! Subimos o monte sempre com cautela até chegarmos ao topo.

Primeira prioridade: almoçar! Kow Soi foi uma das iguarias testadas, também recomendadas previamente pelo Joe! Very good!
Quanto ao que vimos por lá, deixámos as fotos deste lugar inspirador falarem por si.
Not all street food entered our stomachs...
Not all street food entered our stomachs…

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Tom Yum, traditional Thai spicy, delicious soup
Tom Yum, traditional Thai spicy, delicious soup
Ending the day with the Return of the Special One
Ending the day with the Return of the Special One
No nosso quarto dia, optámos por fazer um dia diferente e inscrevemo-nos num tour que se revelou uma excelente experiência!
O local onde toda a acção se iria passar ficava a cerca de 100km de CM, pelo que seguiríamos para lá num transporte organizado com o resto do grupo que faria as mesmas actividades que nós. O transporte estava marcado para as 08h15, mas aqui os meninos decidiram tomar um pequeno almoço mais relaxado e quando regressaram à guesthouse já passava das 08h20…oups!our bad!! mas no big deal, os senhores do tour aproveitaram para recolher os restantes turistas, repassando mais tarde no nosso spot.
Ora bem, entrámos na carrinha e já lá estavam dois casais…chineses e italianos!! A senhora da terra do Berlusconi, 5 minutos de pois de termos entrado e de nos ter ouvido falar um pouco, comenta com o marido “sono portoghese”…not bad, acho que foi a primeira vez que não nos confundiram com espanhóis!!! and the 12 points go to…Itaaaalia!!! =) Ciao Alberto!! =) Olhámos de imediato para eles e lá confirmámos a perspicácia da senhora! Entretanto o último casal acaba de se instalar e eis que o Diogo repara num detalhe interessante…as meninas sentaram-se todas de um lado e os meninos do outro. Achámos curioso e especulámos sobre o facto de procurarmos, quase que instintivamente, o “safest” place que, entre homens e mulheres desconhecidos, estaria pelos vistos entre os do mesmo género.
Bem, feitas as contas, 4 casais: portugueses, chineses, italianos e alemães. Rapidamente começámos a comunicar uns com os outros, com excepção dos chineses, sempre mais tímidos, mas igualmente simpáticos.
Chegámos ao nosso destino e temos elefantes à nossa espera. Embora tenha sido divertido, custa sempre ver o animal acorrentado. =(
Our Dumbo didn't want to fly, he just wanted to eat!
Our Dumbo didn’t want to fly, he just wanted to eat!

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Great still capture...
Great still capture…
Deram-nos o almoço – arroz com vegetais e ananás – às 11h, mas como tínhamos tomado um bom pequeno-almoço, optámos por não comer nada, até porque no espaço de 2 horas estaríamos a descer o rio. Dali seguimos de carrinha até à entrada do caminho que nos levaria até a uma bela cascata. O trekking foi de apenas 1 hora, mas os surroundings eram lindíssimos. Parámos em algumas villages para conhecermos os locais e beber ou comer um snack e, chegados à cascata, fizemos uma pausa de cerca de 30 minutos para banhos. =)
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Next activity: rafting! Sapatinhos ficaram na carrinha e caminhamos até ao barco descalços. Cada barco levava 4 pessoas mais o guia, pelo que nós ficámos com a Simone e o Florian, o casal de alemães (numa tentativa de os forçar a perdoar a dívida, quando estivessemos nos rápidos e eles não soubessem o que fazer). Ok, a verdade verdadinha é que mal nos disseram que nos tínhamos que juntar a outro casal para ir no barco, eles juntaram-se logo a nós! =) No final de contas, os alemães não vivem sem nós!!
Mal entrámos no barco, começou uma incrível chuvada tropical, o que tornou a coisa ainda mais engraçada. O nosso guia era hilariante e apesar de não falar patavina de inglês, manteve-nos divertidos toda a viagem. Ainda saltámos para a água (menos a Simone, que ainda não estava muito à vontade com a actividade), mas assim que se falou em cobras, a Sara saltou logo para o barco. Cobras?? Não a apanharam mais na água! 1 hora de rafting e chegámos ao nosso destino…ao porto das jangadas de bambu. Para finalizarmos o dia, descemos mais uma parte do rio nestas jangadas até chegarmos à carrinha. Como não pudemos levar a máquina connosco nas actividades, comprámos duas fotos para registar os highlights.
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Voltámos para Chiang Mai extasiados, cansados e famintos. Que dia brutal!
No dia seguinte rumámos para Sukhothai, para visitarmos aquela que foi a primeira cidade tailandesa.
Já falaremos disso e muito mais no próximo post. Por isso……….não percam o próximo episódio, porque nós também não!!!



7 COMMENTS

  1. Vocês deviam aderir ao “Pinterest”, assim faziam a reportagem fotografica:D:D

    A viagem na scooter está fantástica:D:D

  2. que delicia de post! apostem nos videos e uma ou outra entrevista ;)

    atenção a isto: “mas assim que se falou em cobras, a Sara saltou logo para o barco. Cobras?? Não a apanharam mais na água” –> meu-deus! pangeia zoo, a vossa viagem! :P

    • Bicharada é o que não falta nesta viagem de facto! Ainda estamos a tentar adaptar-nos ao facto de sermos nós a pagar a estadia em hotéis de osgas, mosquitos e afins. É certo que não usam a cama e casa de banho mas podiam partilhar custos…
      Ainda não conseguimos abrir um papel higiénico sem olhar duas vezes para dentro primeiro!

  3. Ok, adoooro quando leio os post e têm videos.. e ver a imagem da Sara no espelho da scooter..olha, pico alto da semana certamente :D :D amei :)

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