Quatro dias se passaram na “heavy level” Singapura, mas a verdade é que com muita ginástica orçamental e muitos 7-11’s a coisa fez-se! =)
Seguimos então para o número cinco da nossa lista, por ordem de visita – a Malásia! =)
A primeira paragem será por terras outrora tugas, na qual esperamos encontrar um ou outro muro construído sobre o nosso comando, pese embora pelas mãos de um escravo local e, quiçá, matar as saudades de um prato típico português…Ora portanto, siga para Malacca!
A viagem de autocarro começou logo bem, pois encontrámos um casal da nossa terra credora, sentados no nosso lugar, à espera que nós fossemos os Aliados e lhe perdoássemos a dívida…mas o hospedeiro de bordo fez o trabalho sujo e recambiou-os para a última fila!! They can take our money, but they will not take our seats!! Hahahaha (riso maquiavélico).
A viagem demorou cerca de 4h, com paragem à entrada da Malásia para check de passaportes. Chegados a Malacca, como a estação de autocarros ficava um pouco longe do centro da cidade, seguimos de táxi para o hotel. A “corrida” ficou-nos por 20 RM (5€), bem caro, mas era preço fixo por viagem.
Já passava das 22h e ainda não tínhamos jantado, por isso andámos cerca de 10 minutos até ao centro com o intuito de encontrar o portuguese setlement e finalmente saborear comidinha portuguesa, mas quando perguntámos a um local se ficava muito longe ficámos a saber que a caminhada não ficava a menos de 5km…=( Bem, o fim justifica o meio, por isso pagámos mais 5€ e seguimos de táxi para o nosso destino.
Não fizemos contagem de kms para perceber se tínhamos sido aldrabados ou não, mas cá para nós que ninguem nos ouve, achámos que sim…o_O
Tínhamos pensado em jantar no Papa Joe’s, onde o Diogo tinha comido um peixe “não reconhecível” em 2010, mas mal saímos do táxi e perguntámos aos locais que nos rodeavam onde ficava o restaurante, lá soubemos que estava fechado…calma, fechado naquela noite, que a crise não assola portugueses-malaios!! =) Daí fomos esmiuçar as ementas dos restantes restaurantes abertos, numa espécie de praça de alimentação/lota e UAU…os pratos típicos mais populares eram “grilled fish with chilli”, “baked crab”, “black pepper shrimps” “kangkun belacan” e “migoren”!!! Mais tipicamente português que isto, impossível!!
Comemos peixe grelhado com lasquinhas de carvão e legumes e bem que nos soube, a nós e aos três gatinhos que nos rodeavam e que nós iamos alimentando!! =)
E pronto, já passava das 23h quando nos dirigíamos para a zona dos táxis quando esbarrámos com os Island Jamers, os luso-malaios que nos deram stout e boa música até às 2h da manhã. Até muito mais tarde não podia ser, porque eles dali a poucas horas iam trabalhar. Foi o mais homy que experienciamos no último mês e meio, true story!! E no final ainda tivemos direito a free ride para o hotel com o Junior! =)
No dia seguinte refizemos os passos dos nossos antepassados do século XVI e visitámos a Porta de Santiago, hoje em dia denominada, erradamente, por A Famosa. Essa denominação era a “alcunha” da torre construída por ordem de Afonso de Albuquerque, aquando da consquista de Malacca em 1511, mas que foi quase totalmente destruída aquando do cerco dos holandeses entre 1640-1641, que culminou na vitória dos mesmos. O que nós vimos por lá foi uma estrutura bem danificada, com vista panorâmica sobre a cidade e com menções às datas das conquistas e derrotas dos povos que passaram por aquela terra.
Importa esclarecer que nós fomos arrebatados do poder pelos holandeses, depois de 40 anos de ataques sucessivos, tendo a derrota acontecido apenas quando os malaios se tornaram aliados deles ( depois disso e, certamente, de algum doping)!!!
Ficam aqui alguns registos d’A Famosa dos dias de hoje, talvez o ponto mais turístico da cidade.
Antes de seguirmos para a estação de autocarros com destino a Kuala Lumpur, passámos pelo zona que faz parte do Património da Humanidade, um centro muito arranjadinho com traços tipicamente holandeses. Num dos cafés provámos uma delícia típica, desta feita, uma verdadeira delícia malaia – o cendol (uma espécie de feijão verde doce, café e coco, com cristais de gelo – refrescante!)- e bebemos um white coffee (não encontrámos qualquer diferença face ao cappuccino, portanto era muito bom!). =)
Pagámos mais 5€ pelo táxi até à estação de autocarros e comprámos o bilhete para Kuala Lumpur por 3.5€/cada. Partímos por volta das 18h e em cerca de 2h chegámos à terra das Petronas. Seguimos do metro para o hotel budget inn que ficava mesmi no centro, em pleno food court!! O cheiro a durian impestava a rua, mas o cheiro a mofo do corredor para o quarto do hotel era muito pior, mas muito pior mesmo. Mas era good value for money, por isso não há grande margem para queixas.
Passámos dois dias em Kuala Lumpur, praticamente dentro dos shoppings de electrónica à procura da melhor solução para substituir o telemóvel da Sara. Lá encontrámos o gadget perfeito a um preço muito em conta e avançámos com a compra. É claro que o custo de oportunidade dessa aquisição vai-nos assolar até conseguirmos recuperar tudo em couchsurfing, mas acreditámos ter feito a escolha certa.
Bem, other than that, Kuala Lumpur não tem muito para ver. É uma cidade muito crowded, com muitos arranha céus amontoados, muitos shoppings e street food por todo o lado. Basicamente nada de novo e, neste caso com a agravante da poluição ser bastante sufocante, daí termos apreciado mais o ar condicionado e free wi-fi do Starbucks do que outra coisa.
Depois deste filme corremos para a nossa plataforma para o bus das 18h…e esperámos…e esperámos, pensámos que estávamos na plataforma errada, começamos a ficar rodeados de chineses e indianos, até que já temos mais de 50 pessoas à nossa volta com o staff sempre a dizer que távamos no sítio certo.
Acabámos num autocarro horrível, completamente lotado e sem os nossos lugares confortáveis de autocarros anteriores…mas pelo menos conseguimos a viagem! Ainda nos descaímos com uma viajante chinesa que ia connosco, que ficou indignada quando soube que tinha pago 10 RM a mais que os “estrangeiros brancos”…ehehe…parece que a negociação portuguesa ainda tem trunfos face à chinesa! =)
Voltando atrás. Ipoh fica a cerca de 50 km das Cameron Highlands, destino que pretendíamos visitar logo de seguida, mas por ser a sexta-feira que antecedia um fim de semana com feriado na segunda-feira, os alojamentos estavam a preços incomportáveis pelas terras das quintas de morangos e plantações de chá. Assim sendo, fomos para uma cidade relativamente perto, na tentativa de encontrar algo melhor no dia seguinte.
Um destino e relato a não perder! Por isso não percam o próximo post, porque nós também não! =)
a ler c a Inês no colo….;)
delícias ;)