Nara, tradição, templos, reencontros e…veados (?)

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    Depois da fantástica experiência em Kyoto, não esperávamos que o Japão nos voltasse a surpreender, pelo menos não tão depressa. Mas a verdade é que a experiência em Nara foi igualmente inesquecível.


    Desde a nossa chegada ao nosso delicioso hostel, com um dono tão, mas tão simpático e atencioso, numa estadia que pareceu quase como estar em casa. Terá contribuído para este facto também o termos tido um dormitório para 8 pessoas por nossa conta desde o segundo dia lá. =)

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    Sapatos à entrada do hotel e pézinho descalço ou com meia nos confortáveis quartos forrados tatami e com portas de correr (era mais uma casa tradicional japonesa do que um hostel!):

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    Nara foi a capital do Japão antes de Kyoto, durante um período de cerca de 75 anos nos anos 700, tendo nos dias de hoje ainda muito da sua história presente nos inúmeros monumentos que pintam a cidade em vários locais.

    Fomos presenteados novamente com aquela paz do Japão a que já nos habituámos desde que aterrámos em Osaka, com um misto de cidade moderna e jovem (devido às universidades aqui presentes), mas ao mesmo tempo tradicional com alguns dos templos mais bonitos e antigos do país inseridos na tranquilidade de extensos parques presentes em Nara.

    Após o merecido repouso no primeiro dia, em que pouco fizemos para além de jantar baratinho num Seven-Eleven e Lawsons, o segundo dia permitiu-nos alguma exploração e respirar aquela calma japonesa com algumas vistas que dispensam palavras.

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    Mais locais a pedirem foto à Sara…o Diogo continua a não entender o que há de errado com ele.

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    Nara é famosa também pelos inúmeros veados que vagueiam pela cidade, essencialmente pelos seus parques e locais históricos. Os veados são encarados como sendo um animal celeste, sagrado e protector da cidade e país, motivo pelo qual são carinhosamente cuidados e alimentados pelos locais.

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    O terceiro dia, começou com o dono do hostel a acordar-nos no quarto…ficámos um pouco sobressaltados até que percebemos que quem nos acordava para além do simpático dono era nada mais nada menos que o nosso compincha de Kyoto, futuro David Lynch, Miki Fromchenko! =) Tivemos a oportunidade de nos despedir deste simpático amigo que partia naquele dia para Bangkok para depois regressar à terra natal em Telavive. Ficou prometido um get together no futuro.

    Já agora um aparte para uma pequena história. No dia anterior tínhamos colocado roupa a lavar nas máquinas do hostel e depois a secar no terraço do mesmo, num local destinado a esse efeito. No dia seguinte quando lá chegámos abrimos a porta do terraço e roupa nada! Não é possível…ficámos sem roupa nenhuma…era o risco de estarmos em hostel claro está…partilha-se tudo…mesmo o que não é suposto ser “partilhado”…não. A história não acaba aqui. O nosso simpático dono do hostel, a quem carinhosamente entre nós começámos a apelidar de “2ª Mamã”, tinha tirado a nossa roupa e recolocado peça a peça numa parte coberta do terraço, para que a roupa não ficasse molhada com a chuva que caiu nessa manhã. Uma jóia!

    Nesse dia passeámos pelas ruas mais tradicionais de Nara, que ainda preservam qualquer coisa de antigo, nesta antiga capital, com lindíssimos templos e jardins impecavelmente cuidados.

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    Aqui demos com outro parque gigantesco com veados em plena refeição:

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    Foto acima tirada por um simpático senhor japonês, que nos perguntou se já tinhamos visto o “som da água”… Visto? Som? Como? Conduziu-nos para um local com uma fonte para lavar as mãos, com a particularidade de quando entornávamos a água e esta era absorvida no chão, produzia um som que se assemelhava a um som longínquo de sinos a tocarem. Funny!

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    Tivemos a oportunidade de alimentar um “piqueno” neste jardim. Na verdade não foi grande ajuda, bastava pegar em qualquer folha no chão que estes meninos vinham a correr de imediato na nossa direcção! Nada esquisitos e muito, muito habituados a pessoas. Tanto que este quase nos trincava a mão de cada vez que lhe dávamos uma folha!

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    O último dia, antes mesmo do nosso comboio para Kyoto onde iríamos apanhar o autocarro para Tóquio, foi dedicado à visita ao Todai-ji. O maior edifício em madeira do mundo, património da UNESCO, que alberga a maior estátua em bronze do Buda. Um edifício verdadeiramente imponente, tal como a estátua que alberga, hoje ainda usado em celebrações religiosas e festivas na cidade. Situado também ele num parque cuidadosamente tratado com aquele toque japonês a que nos habituámos a ver nos seus jardins, que inspiram calma para onde quer que se olhe.

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    Depois da visita e mais uma festinha a um veado, toca a apanhar o comboio para Kyoto para o início da nossa viagem para Tóquio, que viria a ter uma paragem pelo meio que se revelou uma das melhores experiências desta viagem.

    Por isso não percam o próximo relato porque nós também não!



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