Java and Bali, Indian Ocean Pearls

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De Banguecoque para Jakarta

Com o voo apenas às 20h35, às 19h40 ainda nos achávamos no direito de triturar qualquer coisinha no aeroporto, mas quando olhámos para o quadro das partidas qual não é o nosso espanto quando lemos “LAST call”!! Whaaaa? Bem, como nunca tínhamos viajado com a Tiger Airways, esquecemos a comidinha e seguimos para o avião. Nunca chegámos a perceber o porquê de tanta antecipação, uma vez que saímos à hora prevista, mas tudo bem, o que interessa é que cerca de 3h35 mais tarde estávamos em Jakarta, empancados na emigration area. Grrr



Normalmente nunca temos problemas nos aeroportos, bem pelo contrário, a rotina normal é entregar o passaporte, ouvir “ohh Portugal…Cristiano Ronaldo, football, very good, handsome (??)” e receber de volta o passaporte acompanhado de um simpático sorriso, mas não foi o caso em Jakarta. A verdade é que não foi nada demais, apenas um pequeno delay por não termos impresso o bilhete de avião que comprovava a nossa saída do país dali a uns dias. Nós fizemos o que sempre fazemos, ou seja, mostrámos uma foto do bilhete com o respectivo código, mas o senhor foi muito claro quando nos disse que não lhe cabia a ele confirmar se o código existia ou não e que o dever dele era apenas carimbar uma folha…hmm OK, perguntámos aos seguranças à nossa volta se podíamos imprimir a tal folha, mas nada! Mais 5 minutos de simulação de baratas tontas à procura de uma solução e pronto, como já passava da 00h30, o cansaço acabou por nos conseguir o carimbo e nós lá seguimos para o nosso próximo poiso…o aeroporto!

Ainda não escrevemos um post sobre isto (algo que iremos fazer em breve), mas quando definimos a nossa rota ( a qual tem vindo a sofrer alguns desvios, como já antecipávamos) tivemos em conta, essencialmente, dois factores: o preço dos voos e o clima. Assim sendo, como queríamos apanhar bom tempo na Indonésia, para nos espraiarmos em Bali, e o início do outono no Japão ( já que a primavera estava fora de questão) tivemos de optar por conhecer mais de uns sítios e menos de outros ( é como tudo na vida, há sempre um custo de oportunidade em cada esquina, é isso e Seven Eleven’s na Ásia).
Tendo isto presente, sacrificámos um pouco a Indonésia quando decidimos passar apenas por Yogyakarta e Bali…se pudéssemos voltar atrás, julgo que teríamos feito de forma diferente…O país é lindíssimo, as pessoas são deliciosamente simpáticas (mesmo o senhor da emigração) e a comida é de chorar por mais e muito barata (como já esgotámos a quota de queixumes nos posts da Índia, agora só há espaço para coisas boas!). =)

Bem, posto isto, passem a vista pela mini odisseia:

Saímos de Bangkok no dia 28, às 20h35 e aterrámos em Jakarta no dia 29, às 00h05.

Saímos de Jakarta no dia 29, às 05h20 e aterrámos em Yogyakarta no dia 29, às 0625.

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Apanhámos um taxi para visitar o templo de Borobudur, no dia 29, às 07h15 onde chegámos às 09h.
Seguimos para a estação de comboios para apanhar o comboio das 15h para Surabaya, onde chegámos às 19h30. Dormimos em Surabaya.
Apanhámos o comboio das 08h, no dia 30 e chegámos a Banyuwangi às 16h.
Do comboio passámos para o ferry que nos levou para Gilimanuk, já na ilha de Bali (20 min).
Por último, às 17h apanhámos um autocarro (infestado de mosquitos e com um condutor de deitar as mãos à cabeça, OK no complaints) para Denpasar, onde chegámos às 22h…sim, do dia 30.
OK e já que estamos, no dia 31, às 12h, seguimos de speedboat para a ilha de Lembongan! =)

O cansaço começou a fazer-se sentir naqueles sofás ligados em jeito de cama, no aeroporto de Jakarta, mas sem dúvida que o pico deu-se depois da visita ao templo de Borobudur, quando saímos do táxi onde tão bem dormíamos e entrámos na estação de comboios, onde tivemos de esperar mais de 3 horas para seguir caminho. Ouch!

Antes de seguirmos para Bali fica aqui um pouco do maior monumento budista do mundo, o templo de Borobudur…

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Antes de nos deixarem entrar, tivemos que vestir a saia tradicional, aka sarong, boys and girls alike, much to Diogo’s displeasure. Mas ofereceram-nos uma chávena de café local. Não se pode dizer que não sabem cuidar dos turistas.

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Vale a pena ler um pouco sobre esta magnífica construção do século VIII, onde se podem vislumbrar os ensinamentos budistas que trilham o percurso para a iluminação, inscritos nos blocos que formam os patamares do templo.

Borobudur fica a cerca de 1h de carro do aeroporto de Yogyakarta e os nossos gastos para lá chegarmos totalizaram cerca de 25€ – 12.5€ no táxi (ida e volta) + 12.5€ nas entradas para o templo.
Mesmo muito cansados ficámos absolutamente maravilhados com o que vimos. O ideal teria sido chegar a tempo do nascer do Sol, mas esse vimos do avião! =)

Bem, como estamos a fazer os nossos melhores esforços para ganhar o prémio de melhor vagabundagem do ano e isso passa por escrever posts o menos aborrecidos possível, vamos apenas mencionar a fantástica viagem de comboio de Surabaya para Banyuwangi, que agradou a ambos, mas definitivamente maravilhou o Diogo. =)
Seguiram-se 7h de paisagens que imaginávamos ver este ano, quando ainda estávamos no sofá da sala, nas Antas. E essa correspondência de expectativas já valeu a escolha deste trajecto em vez de voarmos directamente de Jakarta para Bali.
O comboio era muito confortável e a comidinha servida a bordo deliciosa e barata. Spot on! Mas toda esta menção à viagem faz-se pela euforia do Diogo em abrir a porta do comboio em andamento e fotografar ( e filmar) tudo o que se lhe passava à frente. A adrenalina e o movimento ( do comboio) podem ter tremido algumas fotos, mas o momento foi deveras captado! Priceless! Vejam as fotos: =)

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Depois do comboio seguiu-se uma rápida viagem de ferry para Gilimanuk (ilha de Bali), onde apanharíamos um autocarro para Denpasar. No barco ainda nos rimos um pouco com um casal de australianos que regressavam a Bali, 12 anos depois da lua de mel, para ver como as coisas estavam… =) Para terminar o relato da chegada a Bali, fiquem-se com este mimo que foi a nossa viagem de 3h de autocarro…

A visibilidade é muito reduzida (tal como a do condutor do autocarro em 95% das suas ultrapassagens AhAh), mas só para clarificar o que se vê no vídeo é o nosso autocarro na faixa da direita (a errada portanto) a jogar “chicken” (quem não estiver familiarizado com o jogo pode ler o nosso post de Udaipur a Jodhpur) com os condutores da outra faixa. “That was the closest” consegue-se ouvir no vídeo, comentário do australiano que ia sentado à nossa frente a contar o número de vezes em que nos escapámos de colisão frontal!

Dia 31 de Agosto ( hoje já é dia 20 de Setembro…oops)
Decidimos visitar a ilha de Lembongan, a cerca de 19 km de Bali. Apanhámos o ferry da Scoot Cruises, que saiu de Sanur por volta das 13h30. O fast boat levava cerca de 16 pessoas, todas na parte de baixo do barco, ficando as bagagens dos passageiros alojadas na parte de cima. A viagem demorou cerca de 40 minutos e tirando uns saltinhos de vez em quando, fez-se bem. É uma viagem rápida e segura. Quem coloca e recolhe as bagagens no barco é o pessoal da Cruises, enquanto os passageiros aguardam na areia. No bilhete de ida e volta que comprámos, por cerca de 73€, estava incluído o drop off na guesthouse que reservámos, o que dá sempre jeito.

Feito o check in na Pondok Jangala guesthouse, pousámos as nossas coisas no quarto, almoçámos e fomos procurar a lavandaria a 1€/kg para deixarmos a saca do continente! =) Neste de ponto da viagem é seguro dizer que nem a roupa do corpo estava lavada. O_o
Já passava das 15h quando decidimos alugar uma scooter, o que nos deixava pouco mais de 3h de boa visibilidade, mas como a ilha é pequena (menos de 14 km de perímetro) nem hesitámos em partir à descoberta das praias mais famosas da ilha – Mushroom beach e Dream beach. Saltos e mais saltos, dadas as estradas não alcatroadas e cheias de buracos, lá encontrámos as famosas praias…

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Seguimos caminho para a guesthouse antes que anoitecesse e, pouco depois de jantarmos, falha a luz na ilha…Ok, sem luz pública e no meio da rua de uma ilha no meio do Índico…sente-se qualquer coisa, não há como negar! =)

Bem, no dia seguinte fizemos mais do mesmo…pegar na scooter e ir para a praia, regressar na hora do cancro e aproveitar a piscina da guesthouse que, diga-se de passagem, era deliciosa, comer qualquer coisa e ver filmes! Ain’t this life rough?! =)

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Algas a secarem ao sol. A maior parte dos habitantes da ilha vive desta actividade. Estas são as algas que depois nos vêm parar aos maki e temaki nos restaurantes japoneses!

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Os quadrados escuros no mar são as “plantações” de algas.
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Perfect combination of golden and blue. Amazonas suits the summer in Lembongan!

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Pensámos em fazer snorkeling, mas preferimos deixar essa aventura para a Malásia. No entanto, admitimos ter pena de não o ter feito, porque aquela ilha de água digna da capa da “Rotas e Destinos” tem spots muito interessantes para snorkeling e diving.

Como só tínhamos mais 3 dias na Indonésia, com MUITA PENA nossa, decidimos regressar a Bali no dia seguinte, novamente no fast boat da Scoot Cruises.
Saímos por volta das 12h30 e 40 minutos depois já estávamos a caminho de Seminyak, na carrinha do pessoal da Cruises que nos foi lá levar. Seminyak é, juntamente com Kuta, das zonas mais turísticas de Bali, algo que tentámos evitar mas foi lá que encontrámos o hotel com melhor qualidade-preço ( o Favehotel Seminyak).
Chegados ao hotel e feito o check-in, apercebemo-nos do primeiro furto da viagem ( esperemos que único…se bem que ainda temos América Central e do Sul pela frente..O_o )…o telemóvel da Sara tinha desaparecido. OK, isso acontece MUITAS vezes, mas depois de termos virado as malas do avesso, percebemos que desta vez era mesmo a sério e o único momento em que não lhe pusemos a vista em cima foi quando a bagagem dela foi para a parte de cima do barco…! Normalmente levámos tudo o que é de valor connosco, mas desta vez o telemóvel tinha seguido noutra mala e foi o que bastou…Ligámos de imediato para a Scoot Cruises a explicar a situação, tentando ser o mais polite possível, mas afirmando que o telemóvel estava na nossa posse mesmo antes das mochilas serem levadas pelo pessoal deles e sendo que saímos do barco directos para o hotel, no carro deles, não havia muita margem para enganos…Eles ficaram de nos ligar de volta a marcar uma reunião, mas nos dois dias seguintes não o fizeram…:( Posto isto e para conseguirmos que o seguro cubrisse a despesa do tlm, tivemos de passar na polícia para nos passarem uma espécie de “auto de furto”. Foi um episódio caricato também. Os polícias que lá estavam eram extremamente simpáticos e rapidamente nos deram os papéis para preenchermos, mas a verdade é que não saímos de lá sem deixar uma gorgeta…LOL, a qual foi imposta com a maior das naturalidades…”To give you the paper you need to give us money. 150.000 rupees”. E pronto, lá foram mais cerca de 10€, mas that’s how things worked around there! E bem sorte tivemos em não ser mais que 10€…

Podíamos ter feito mais com os 3 dias que passámos em Bali, como visitar a ilha de Lombok, Ubud e outros sítios absolutamente paradisíacos, mas preferimos relaxar pelas praias das redondezas e poupar algum dinheiro. Do tempo que lá passámos destacámos a praia de Nusa Dua, o pôr do sol em Jimbaran e a comidinha baratinha e deliciosa do restaurante Lucky.

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Trabalhadores contratados pelo resort em frente a esta parte da praia a retirarem o inúmeros calhaus do fundo do mar. Nós também ajudámos!
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Navio encalhado há 1 mês!
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Living the balinese dream. 4-hand massage at Nusa Dua by some white tanned lady.

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A onda da morte…ondinha boa para “pegar”, resultou na perfeição como podem ver aqui…
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Act 2: incoming! Maria não te preocupes, mas aqui quase parti o pescoço. A coluna sofreu mas, até ver, ainda dá para andar de mochila às costas!

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Sunset at Jimbaran Bay
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Bintang, Watermelon Juice and the world’s best peanuts. A great way to end the day.

Três dias depois, às 04h15 do dia 06 de Setembro, já estávamos no aeroporto de Denpasar à espera do nosso voo da Air Asia para Singapura.
A esta altura do campeonato ainda não sabíamos onde ficar por aquelas bandas, porque os alojamentos são estupidamente caros para quem tem um orçamento diário de 40€!! Ao chegarmos já vemos o que se arranja. As usual :-)

Bem meninos, depois deste post já regressámos ao mês de Setembro! Uff we gotta keep up with you guys!! :-)
Stay tuned, cus there’s gonna be more of this real soon, we promise!



8 COMMENTS

  1. ahahahhahahahhahahahahahhaha Dxiogooo, gostou da saia?sem depilação? ahah
    (e ag vou continuar a ler pk parei na parte das saias, tal foi a gargalhada..)

  2. hum…”Seguimos caminho para a guesthouse antes que anoitecesse e, pouco depois de jantarmos, falha a luz na ilha…Ok, sem luz pública e no meio da rua de uma ilha no meio do Índico…sente-se qualquer coisa, não há como negar!”

    cm é que eu resolvia isto?!

    • Ainda vamos visitar esse em Novembro, mas pelo que ouvimos é verdade sim senhor e no ano passado tornaram os dois locais “sister sites” pelas semelhanças. Pelos vistos no século VI já os dois povos tinham contactos frequentes entre eles, o que ajuda a explicar a coisa.

  3. A sainha azul dava um vestido bem giro:)

    É bem verdade que cuecas são cuecas em todo o mundo..lol

    As scooters são as melhores amigas das viagens:)

    Não sou pessoa de gostar de Verão…mas esse mar azul:D:D

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